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Saúde mental no trabalho: como a tecnologia pode ajudar?

Se a saúde mental no trabalho um dia foi tabu, hoje essa é uma pauta urgente. Anos após uma pandemia e em meio a transformações sociais intensas, o bem-estar emocional dos colaboradores exige atenção redobrada.

Além disso, fatores como o ritmo acelerado, metas abusivas, jornada dupla ou tripla (especialmente para mulheres), insegurança profissional e falta de limites entre vida pessoal e profissional têm levado ao aumento de casos de ansiedade, depressão e síndrome de burnout.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o burnout passou a ser oficialmente considerado uma doença ocupacional em 2024. 

Somente no ano passado, 472 mil solicitações de afastamento foram atendidas por motivos ligados à saúde mental, número que representa um aumento de 68% em relação a 2023 e o maior da última década.

Diante desse contexto, empresas que não olharem com seriedade para o cuidado emocional de suas equipes correm o risco de perder talentos, produtividade e, principalmente, propósito.

Saúde mental como pilar estratégico nas empresas modernas

Muito além de oferecer benefícios isolados, cuidar da saúde mental dos colaboradores é hoje um diferencial competitivo e estratégico

Equipes emocionalmente saudáveis são mais criativas, engajadas e produtivas. O melhor é que esse equilíbrio se reflete diretamente na sustentabilidade do negócio.

Ainda, promover um ambiente de trabalho psicologicamente seguro reduz custos com afastamentos, turnover, processos trabalhistas e melhora a imagem da empresa perante o mercado e a sociedade.

Veja alguns motivos para tratar o tema como prioridade:

  • Reduz o adoecimento psíquico e previne crises de esgotamento;
  • Aumenta a retenção de talentos e melhora o clima organizacional;
  • Fortalece a cultura corporativa com base em valores humanos;
  • Estimula a inovação ao promover ambientes emocionalmente seguros;
  • Ajuda a cumprir exigências legais, como as da NR 1 sobre saúde no trabalho;
  • Impulsiona a responsabilidade social corporativa e o compromisso com a diversidade.

Como a tecnologia pode apoiar a gestão do bem-estar emocional

A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental no apoio à saúde mental nas empresas. 

  • Plataformas de terapia digital e atendimento remoto

Oferecem acesso facilitado a psicólogos e outros profissionais da saúde, promovendo autoconhecimento, inteligência emocional, cuidado acessível e contínuo, especialmente para quem trabalha remotamente.

  • Aplicativos de foco, meditação e mindfulness

Recursos como técnicas de respiração, exercícios de relaxamento e práticas guiadas de atenção plena ajudam a reduzir o estresse, regular emoções e melhorar o desempenho.

  • Check-ins emocionais por chatbots e escuta ativa com NLP

Ferramentas de linguagem natural (NLP) e inteligência artificial promovem check-ins diários, escuta ativa e identificação precoce de riscos psicossociais, gerando dados para diagnósticos organizacionais mais precisos.

  • Automação de tarefas repetitivas

Reduz a sobrecarga operacional e libera tempo para atividades estratégicas, diminuindo a sensação de pressão constante e promovendo equilíbrio na jornada de trabalho.

  • Machine learning e wearables para monitoramento de bem-estar

Dispositivos vestíveis já permitem acompanhar níveis de estresse, padrões de sono e variações fisiológicas que indicam estados de alerta, sempre com foco preventivo e ético.

  • Realidade aumentada (RA) e treinamentos imersivos

Ambientes simulados com RA vêm sendo usados em iniciativas para a educação emocional, desenvolvimento de empatia e treinamentos sobre gestão do estresse.

Barreiras e desafios na implementação de ações de saúde mental

Apesar do avanço das tecnologias, ainda existem obstáculos que dificultam a consolidação de políticas efetivas de bem-estar no trabalho.

A hiperconectividade é uma das principais vilãs: o excesso de telas e o de notificações constantes impactam diretamente a concentração, o sono e a saúde emocional. Além disso, o home office não estruturado pode aumentar o isolamento social e a sobrecarga, principalmente quando faltam limites claros entre vida pessoal e profissional.

Outros desafios incluem a síndrome do impostor digital, alimentada por comparações em redes sociais corporativas; resistência à escuta emocional dentro das lideranças; falta de indicadores objetivos para mensurar a saúde mental nas equipes e ações pontuais, sem continuidade nem alinhamento com a estratégia da empresa.

Boas práticas para cuidar da saúde mental no ambiente corporativo

Construir um ambiente psicologicamente saudável requer ação constante, coerente e integrada à cultura organizacional. É preciso promover a saúde como um valor presente no dia a dia das relações de trabalho.

Alguns exemplos de boas práticas para promover a saúde mental no ambiente de trabalho:

  • Criar canais de escuta ativa e acolhimento emocional;
  • Implantar uma cultura de feedbacks e reconhecimento;
  • Estimular pausas conscientes durante a jornada;
  • Realizar check-ins regulares sobre clima e bem-estar;
  • Oferecer orientação financeira e jurídica como suporte preventivo;
  • Promover ações de educação emocional e campanhas internas;
  • Treinar lideranças para identificar sinais de esgotamento;
  • Incorporar soluções tecnológicas de forma estratégica e ética;
  • Desenvolver planos de ação integrados com base em diagnósticos reais.

Atuamos com soluções completas em recursos humanos, como terceirização BPO, consultoria de carreira, treinamentos de desenvolvimento e recrutamento e seleção sob medida para fortalecer equipes, reduzir riscos e ampliar o desempenho com foco em sustentabilidade empresarial. 

Mais do que nunca, a sustentabilidade emocional também entra na jogada. Afinal, saúde mental é mais que estar bem em alguns dias; é uma estratégia para cuidar das pessoas em todos os momentos.

Aqui na Gi Group Holding, acreditamos que o cuidado com a saúde emocional começa pelo entendimento profundo das necessidades de cada organização. 

Por

Gi Group Holding

Publicado em: 29 de julho de 2025

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