A diversidade geracional é um dos grandes trunfos das empresas modernas. Nunca antes tantas gerações coexistiram no ambiente de trabalho, e essa pluralidade de experiências, valores e perspectivas pode ser um motor de inovação e crescimento.
De acordo com a Pesquisa de Diversidade Geracional 2024, realizada pela PwC Brasil em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), 95% dos participantes concordam que a convivência entre diferentes faixas etárias traz benefícios para a empresa, como melhoria no ambiente organizacional e incentivo ao respeito mútuo.
Mas, claro, integrar esses diferentes perfis exige estratégia, empatia e adaptação.
O papel dos profissionais de RH nessa nova onda é garantir que a diversidade seja um diferencial competitivo, e não um motivo de conflito. Confira neste artigo como colocar esse plano em prática.
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Não é novidade que o mercado de trabalho está mudando rapidamente. O aumento da expectativa de vida (em torno de 80 anos) e a necessidade de atualização constante fazem com que profissionais de todas as idades permaneçam mais tempo ativos.
Isso significa que, hoje, podemos encontrar até quatro gerações trabalhando lado a lado.
Baby Boomers (1940 – 1960) | São os que mais valorizam a estabilidade em um emprego por muitos anos, o tempo de experiência e a dedicação. São movidos pelo reconhecimento do esforço e comprometimento. |
Geração X (1960 – 1980) | Equilibram tradição e inovação. São independentes, valorizam a autonomia e o aprendizado contínuo. |
Millennials (1980 – 1995) | Buscam propósito no trabalho, valorizam a flexibilidade e estão sempre conectados às redes. |
Geração Z (1995 – 2010) | Nativos digitais, ágeis e inovadores. Tendem a priorizar a diversidade, tecnologia e um ambiente colaborativo. |
Cada grupo reflete uma bagagem de valores e formas de ver o mundo. São percepções baseadas em fatores culturais, econômicos e sociais diferentes.
Essa mistura de perfis traz inúmeras vantagens, mas também desafios que precisam ser bem administrados.
Entender as prioridades de cada grupo nem sempre é fácil. Cada geração tem expectativas diferentes: enquanto os Baby Boomers valorizam um plano de carreira sólido, Millennials e Gen Z buscam flexibilidade e propósito.
Ao mesmo tempo, é necessário quebrar estereótipos. “Millennials são mimados”, “Baby Boomers são resistentes a mudanças”, “Gen Z não tem paciência”…
Esses rótulos prejudicam o trabalho em conjunto, por isso, é importante desmistificar essas ideias e incentivar uma cultura de respeito.
Nesse sentido, combater o etarismo é um outro desafio. Tanto os profissionais mais velhos quanto os mais jovens podem sofrer preconceito por suas idades.
Programas de treinamento e desenvolvimento devem ser pensados para todas as idades, respeitando diferentes formas de aprendizado e incentivando a colaboração entre as gerações.
Equipes compostas por diferentes gerações têm um impacto direto no bem-estar do time, produtividade, criatividade e retenção de talentos.
Imagine um brainstorming em que um Baby Boomer traz sua experiência, um Gen X estrutura um plano prático, um Millennial propõe uma abordagem inovadora e um Gen Z sugere a melhor ferramenta digital para o projeto. Essa troca gera soluções mais completas e criativas.
A combinação entre experiência e inovação acelera processos e melhora a entrega de resultados. Quando as habilidades são bem mapeadas e as funções são delegadas para as pessoas certas, os resultados acabam sendo maximizados.
Equipes diversas, que sentem que suas particularidades são valorizadas, tendem a ser mais engajadas e a permanecer por mais tempo na empresa. Afinal, ninguém quer trabalhar em um ambiente no qual se sente desconectado dos demais.
Empresas que promovem a inclusão, em suas variadas formas, são vistas como modernas, inovadoras e socialmente responsáveis. Isso impacta no employer branding, na atração de talentos e na percepção de clientes e investidores.
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Mais do que saber o que é a diversidade geracional no ambiente de trabalho, é necessário vivenciá-la na prática. Para garantir a harmonia e potencializar o trabalho conjunto entre gerações, algumas estratégias são fundamentais:
Cada faixa etária tem seus próprios motivadores. A pesquisa Diversidade Geracional nas Empresas revela que a Geração Z coloca o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal em 8.º lugar, numa lista de 10 prioridades. Já os Baby Boomers o colocam na 3.ª posição.
Rode estudos e pesquisas internas para conhecer melhor o seu público de colaboradores.
Alguns preferem reuniões presenciais; outros, mensagens instantâneas. Criar múltiplos canais de comunicação ajuda a integrar melhor os times e evitar ruídos.
Workshops e rodas de conversa sobre diversidade geracional ajudam a criar empatia e desconstruir preconceitos dentro da empresa.
O feedback precisa ser adaptado a cada geração: os mais velhos podem preferir conversas individuais, enquanto os mais jovens valorizam retornos rápidos e informais.
Não faz sentido oferecer o mesmo plano de desenvolvimento para todas as gerações. Cada profissional tem expectativas diferentes, e isso precisa ser levado em conta.
O aprendizado não deve ser unilateral. Programas de mentoria reversa – em que jovens ensinam sobre tecnologia e inovação enquanto aprendem sobre experiência e gestão – são altamente eficazes.
A diversidade geracional não pode ser apenas um discurso. Ela precisa ser incorporada à cultura da empresa, garantindo que todos os profissionais tenham espaço para contribuir e crescer.
Empresas que promovem essa integração investem em:
Se a sua empresa quer dar esse passo e transformar a diversidade geracional em um diferencial competitivo, a Gi Group Holding tem a expertise para ajudar!
Nossas soluções incluem atração de talentos diversos, treinamentos para integração e diversidade geracional e estratégias para retenção de profissionais de todas as idades.
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Publicado em: 30 de abril de 2025