A busca pelo sucesso profissional, muitas vezes, cobra um preço alto: a saúde mental. Ambientes de trabalho marcados por sobrecarga, exigências excessivas, falta de autonomia e reconhecimento podem levar a um estado de aflição.
A pressão constante por resultados e a cultura do “sempre disponível” contribuem para um cenário em que a saúde mental é deixada de lado.
A pandemia de covid-19 escancarou essa realidade, intensificando o debate em um cenário de aumento de casos de ansiedade, depressão e burnout.
Nesse contexto, a saúde mental no trabalho se tornou um pilar fundamental na escolha de carreiras. Profissionais de todas as áreas estão buscando empresas que valorizam o cuidado com seus colaboradores, oferecendo espaços de acolhimento.
Estima-se que, em média, uma pessoa passe cerca de um terço de sua vida trabalhando.
Um ambiente de trabalho tóxico – com situações estressantes, assédio e discriminação, por exemplo – é capaz de afetar a qualidade de vida dentro e fora do expediente.
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Em um mundo onde o Brasil se destaca como líder em ansiedade, com 9,3% da população afetada (o triplo da média global) é urgente repensar a relação com o trabalho. Os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento por auxílio-doença no país.
O equilíbrio trabalho-vida surge, então, como essencial para a prevenção de quadros psicológicos delicados, promovendo bem-estar, resiliência e satisfação no contexto profissional.
Mas a saúde mental no trabalho vai além da ausência de transtornos: ela se manifesta na capacidade de lidar com desafios, no sentimento de realização e na manutenção de relações interpessoais.
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal reconhece a importância do descanso, do lazer e do tempo dedicado a outras áreas.
Essa abordagem não apenas beneficia o indivíduo, mas também impulsiona a produtividade e a criatividade, gerando resultados positivos para a empresa.
Ao oferecer flexibilidade, programas de bem-estar e uma cultura organizacional que valoriza a saúde mental, as empresas demonstram seu compromisso com o bem-estar de seus colaboradores.
Remuneração justa
Oferecer salários competitivos e programas de educação financeira para os colaboradores.
Benefícios corporativos de saúde mental
Incluir planos de saúde com cobertura para psicólogos e psiquiatras, seguros de vida e programas de apoio psicológico, incentivo a exercícios e alimentação saudável.
No espaço físico
Criar áreas para relaxamento, meditação e promover ginástica laboral.
No home office
Definir limites claros entre trabalho e vida pessoal, oferecer auxílio home-office e incentivar pausas.
Organização de processos para evitar sobrecarga
Distribuir tarefas de forma equilibrada, com prazos realistas e incentivo à colaboração.
Cultura de feedbacks
Implementar feedbacks frequentes e construtivos, promovendo um ambiente de confiança.
Considerar os contextos e a diversidade
Adotar uma abordagem inclusiva, respeitando a diversidade e promovendo igualdade de oportunidades.
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Programas de conscientização e prevenção
Realizar campanhas sobre saúde mental, abordando temas como ansiedade e burnout.
Certificação do governo – Lei 14.831
A Lei n.º 14.831/2024 cria o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, reconhecendo práticas que promovem o bem-estar dos colaboradores.
Impactos de um ambiente saudável no desempenho e retenção
Empresas que investem em bem-estar colhem os frutos em organização, produtividade e resultados, construindo uma marca de sucesso.
A atenção à saúde mental dos colaboradores garante um ambiente de trabalho positivo, no qual as pessoas se sentem valorizadas e suas necessidades são atendidas.
Em contrapartida, a negligência do bem-estar leva a um ciclo vicioso de cansaço, frustração e distúrbios emocionais, impactando negativamente o desempenho individual e coletivo.
As pessoas e a saúde são temas complexos. Logo, é um desafio lidar com suas questões, mas a integridade e a dignidade sempre devem prevalecer. Esse é o verdadeiro propósito dos recursos humanos.
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Publicado em: 16 de abril de 2025