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A volta ao presencial: como equilibrar cultura, flexibilidade e performance

O retorno ao trabalho presencial tem sido um dos temas mais debatidos entre líderes e colaboradores. Se, por um lado, muitas empresas defendem a retomada como forma de reforçar a cultura organizacional, por outro, os profissionais valorizam a flexibilidade conquistada no modelo remoto e híbrido. O desafio, portanto, é encontrar o equilíbrio entre as necessidades de produtividade, pertencimento e bem-estar.

A volta ao presencial não deve ser tratada apenas como uma decisão operacional. Ela impacta diretamente o engajamento, a confiança e a performance dos colaboradores, sendo necessário construir estratégias que considerem diferentes expectativas e contextos.

O impacto do modelo híbrido e presencial na performance

Ao comparar os modelos híbrido e presencial, percebe-se que cada um traz vantagens e pontos de atenção. O híbrido, por exemplo, oferece mais autonomia ao colaborador, que consegue gerenciar melhor o tempo e equilibrar vida pessoal e profissional. Esse modelo de trabalho tende a aumentar a satisfação e até a produtividade individual.

Já o modelo presencial fortalece a convivência e a comunicação espontânea entre equipes, aspectos que muitas vezes aceleram decisões, favorecem a inovação e reforçam o senso de pertencimento. Além disso, a proximidade no ambiente físico ajuda os líderes a acompanharem de perto os desafios e necessidades da equipe.

A grande questão para as empresas é compreender que não há um modelo único que funcione para todos. A performance depende de fatores como o perfil do time, a cultura organizacional e a clareza das metas estabelecidas.

Desafios para manter engajamento no retorno ao escritório

Apesar das vantagens, o retorno ao presencial traz desafios importantes para o engajamento. Muitos colaboradores se adaptaram bem ao trabalho remoto e podem enxergar a exigência de voltar como um retrocesso em termos de qualidade de vida.

Entre os principais desafios estão:

● Resistência à mudança: colaboradores que preferem o modelo remoto podem sentir-se desmotivados.

● Custos de deslocamento: tempo e gastos com transporte voltam a pesar na rotina.

● Percepção de controle excessivo: em alguns casos, o retorno é interpretado como falta de confiança da empresa.

Superar esses desafios exige comunicação transparente, abertura para diálogo e construção de políticas que mostrem os benefícios do modelo presencial sem ignorar as necessidades individuais.

Boas práticas para preservar a cultura em diferentes formatos de trabalho

A cultura organizacional é um dos pontos mais citados como justificativa para o retorno ao presencial. No entanto, é possível preservar e até fortalecer essa cultura mesmo em modelos híbridos, desde que a empresa adote boas práticas estruturadas.

Exemplos de ações eficazes incluem:

● Definir rituais coletivos: reuniões presenciais periódicas, encontros de time e celebrações ajudam a reforçar vínculos.

● Investir em espaços colaborativos: transformar o escritório em um local de troca, aprendizado e inovação.

● Valorizar a inclusão: garantir que tanto colaboradores presenciais quanto remotos tenham acesso às mesmas informações e oportunidades.

● Capacitar líderes: gestores preparados para conduzir times em diferentes formatos de trabalho fortalecem o alinhamento cultural.

A chave está em entender que a cultura vai além do espaço físico. Ela se constrói diariamente a partir da clareza de propósito, dos valores compartilhados e da forma como a empresa cuida das pessoas.

Estratégias para equilibrar produtividade e bem-estar dos colaboradores

Para que o retorno ao presencial seja sustentável, é fundamental criar estratégias que conciliem produtividade com bem-estar. Um ambiente de alta performance só se mantém quando os colaboradores se sentem respeitados e motivados.

Algumas estratégias práticas incluem:

● Flexibilidade negociada: oferecer jornadas adaptáveis, como home office em determinados dias.

● Programas de apoio ao bem-estar: iniciativas voltadas à saúde física e mental são essenciais.

● Gestão orientada a resultados: mais do que controlar presença, é importante medir entregas e conquistas.

● Escuta ativa: abrir canais para ouvir feedbacks sobre a experiência do retorno presencial ajuda a ajustar políticas.

Assim, a volta ao escritório deixa de ser uma imposição e se torna uma oportunidade para redesenhar relações de trabalho mais equilibradas e humanas.

O retorno ao presencial representa um momento de transição importante para as empresas. Não se trata apenas de trazer colaboradores de volta ao escritório, mas de repensar a forma como se equilibra cultura, flexibilidade e performance.

O desafio é grande, mas também é uma oportunidade para construir modelos de trabalho mais sólidos, que unam engajamento, produtividade e bem estar. Empresas que souberem conduzir esse processo com diálogo e visão estratégica estarão mais preparadas para o futuro do trabalho.

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Por

Gi Group Holding

Publicado em: 14 de novembro de 2025

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