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O mundo do trabalho passou por uma transformação radical, integrando de forma inédita as experiências presenciais e virtuais. Nesse cenário, o conceito phygital – a fusão do physical (físico) com o digital – deixou de ser uma tendência para se tornar a realidade de muitos times.
A liderança phygital emerge como a competência mais crítica para os gestores da atualidade. Ela exige a habilidade de conectar pessoas e resultados, independentemente de onde a equipe esteja.
Os líderes de hoje precisam navegar habilmente entre as interações face a face no escritório e as dinâmicas totalmente virtuais. O objetivo deste artigo é explorar os desafios e as oportunidades dessa nova modalidade de gestão.
Vamos analisar as ferramentas, práticas e o equilíbrio necessário para que líderes possam guiar equipes distribuídas e multifacetadas, garantindo que a liderança phygital seja um motor de produtividade e engajamento.
A gestão no modelo phygital demanda uma nova mentalidade do líder. Não se trata apenas de dividir o tempo entre casa e escritório, mas sim de criar uma experiência de trabalho coesa e equitativa para todos os colaboradores.
O líder phygital deve ser um mestre na comunicação, garantindo que as informações fluam de maneira transparente, eliminando os silos entre quem está presente e quem está remoto. Ele precisa enxergar a tecnologia não apenas como uma ferramenta de conexão, mas como um pilar de suporte à colaboração.
A chave é desenvolver a empatia digital, entendendo os desafios específicos de cada ambiente, seja a distração do trabalho em casa ou a dificuldade de engajar em reuniões virtuais.
A liderança phygital é, sobretudo, a arte de manter o sentimento de equipe vivo, mesmo com a distância física.
A transição para a gestão híbrida não está isenta de obstáculos. Um dos maiores desafios é a manutenção da equidade. É comum que os colaboradores presenciais recebam mais atenção e oportunidades informais, criando um risco de dupla cidadania na empresa.
Outra dificuldade central reside na mensuração de desempenho. No modelo phygital, a gestão baseada em horas de trabalho é substituída pela gestão por resultados e entregas. O líder precisa ser capaz de definir metas claras e utilizar métricas objetivas para avaliar o desempenho de forma justa.
Adicionalmente, a liderança phygital enfrenta o desafio de combater a fadiga digital, o burnout causado pelo excesso de reuniões virtuais e a dificuldade de desligar; o trabalho em casa. O líder precisa ser um guardião do bem-estar, incentivando pausas e o uso consciente da tecnologia.
Para ter sucesso na liderança digital e híbrida, o gestor deve dominar um conjunto de práticas e ferramentas que potencializam a colaboração e a transparência. O uso de plataformas de gestão de projetos (como Trello ou Asana) e
comunicação síncrona/assíncrona (Slack, Teams) é vital.
Essas ferramentas criam um registro permanente de decisões e tarefas, assegurando que todos tenham acesso às mesmas informações, superando a barreira física. Em termos de práticas, o líder deve:
● Priorizar a comunicação assíncrona: para respeitar a flexibilidade de horários e fusos.
● Criar rituais de check-in e check-out: reuniões curtas e focadas que ajudam a equipe a começar e terminar o dia com clareza.
● Investir em tecnologia de ponta para salas de reunião: garantindo que os participantes remotos tenham uma experiência de áudio e vídeo de alta qualidade, equiparável à de quem está no escritório.
Essas ações transformam a liderança phygital em um modelo mais eficiente e adaptável.
A cultura organizacional e o engajamento são os primeiros elementos a sofrerem erosão na ausência de interação física constante. A liderança phygital deve ser intencional na criação de conexões humanas.
É importante, por exemplo, planejar momentos virtuais de socialização não relacionados ao trabalho, como cafés virtuais ou happy hours online.
No ambiente físico, deve-se aproveitar ao máximo os momentos
presenciais para a cocriação, brainstorms e a construção de laços sociais mais profundos.
O líder é o principal promotor dessa cultura, agindo como um agente de coesão. Ao reconhecer publicamente os esforços e celebrar as conquistas, ele reforça o senso de pertencimento, fundamental para o sucesso da liderança phygital.
Em última análise, o sucesso da liderança phygital reside em encontrar o ponto de equilíbrio entre a eficiência da tecnologia e a insubstituível conexão humana.
A tecnologia serve para otimizar, automatizar e conectar. No entanto, ela não pode substituir a empatia, o feedback individualizado e a escuta ativa do líder.
O desafio é usar a liderança digital para libertar o tempo do gestor, permitindo que ele se dedique a mentorar, motivar e cuidar do capital humano.
O futuro da liderança phygital é promissor. Os gestores que dominarem essa fusão estarão aptos a criar equipes mais flexíveis, resilientes e produtivas, prontas para navegar em qualquer cenário de trabalho.
Gi Group Holding
Publicado em: 26 de novembro de 2025